Primeiro da série "A Psicologia do desempenho"
Data de publicação: 21 de outubro de 2022
Em janeiro, a Castrol anunciou o seu novo patrocínio de três anos da Premier League. Embora este acordo permita à Castrol promover a respetiva gama de fluidos e lubrificantes premium e aumentar o reconhecimento da rede Castrol Service entre um público mais vasto, a parceria não se limita a um simples acordo de patrocínio. A Castrol e a Premier League têm os mesmos princípios fundamentais de fomento de altos níveis de desempenho, seja no campo, nos motores ou nas oficinas.
Para compreender e identificar os traços de liderança que produzem um desempenho superior, tanto em campo como na oficina, a Castrol colaborou com o célebre psicólogo desportivo, Martin Perry, para determinar o que é necessário para criar e motivar uma equipa vencedora. Perry tem vindo a ajudar atletas (tanto homens como mulheres), em mais de 32 desportos, a ultrapassar desafios relacionados com o desempenho, e tem aconselhado com regularidade os dirigentes sobre como aplicar as melhores práticas de gestão de equipas desportivas nas principais empresas.
Nesta reportagem (a primeira de três reportagens na AM), Perry irá abordar dois dos 10 traços de liderança essenciais que podem ser adotados pelos gestores de vendas e pós-venda de automóveis para aumentar a confiança, estimular a capacidade e melhorar o bom funcionamento das respetivas equipas.
Quando procuramos perceber como melhorar o desempenho da equipa, é fácil precipitarmo-nos e não considerarmos o panorama. Tal como Perry salienta: “Em primeiro lugar, é necessário conhecer bem os valores da sua empresa. O que é que a sua empresa representa e de que forma se diferencia da concorrência? Definir estes valores irá influenciar os objetivos de desempenho que define e a forma como os alcança, tanto pessoalmente como para a equipa em geral”.
No campo, Perry acredita que os melhores treinadores conseguem mobilizar as pessoas em prol dos valores gerais do clube, o que lhes garante a concordância e o consenso dos jogadores. Uma abordagem colaborativa e inclusiva implica que cada membro da equipa tem uma palavra a dizer e que a sua opinião é valorizada.
Esta tática também pode ser aplicada no ambiente da oficina e do concessionário. Os gestores podem organizar sessões com a sua equipa geral, incluindo técnicos e pessoal de atendimento ao público, para definir quais devem ser os valores do negócio ou departamento. É possível chegar a acordo sobre caraterísticas como a honestidade, integridade e capacidade técnica. “Os melhores gestores irão atuar sempre segundo os valores culturais da empresa e comunicar periodicamente sobre a forma como a equipa incorpora esses valores no mundo real”, acrescenta Perry.
Uma vez definidos os valores, é importante para os gestores e para a equipa de liderança geral definir uma imagem clara relativamente ao futuro do negócio.
Perry afirma: “É essencial compreender e chegar a acordo quanto à direção a seguir no futuro. Qual é o objetivo da sua equipa para os próximos meses e anos? Do mesmo modo que um treinador de futebol traça um caminho bem definido no qual vai focar o seu trabalho, um responsável de oficina ou concessionário também deve reservar tempo para identificar o que pretende alcançar e como o irá conseguir em fases claras, exequíveis e com prazos definidos”.
De forma a avançar com sucesso, Perry acredita que os líderes devem apoiar-se no que a sua empresa representa, particularmente se não tiverem tido sucesso anteriormente. Se houver confiança, respeito e fluidez entre os gestores e a equipa em geral, é possível obter resultados excecionais.
Perry acrescenta: “Também é importante não evitar a estagnação, tendo sempre em vista o crescimento. Os líderes devem pensar em como veem o seu negócio evoluir no futuro em função dos novos desafios e definir como se irão adaptar para preservar os valores estabelecidos e crescer. Tudo decorre de uma perceção clara, que se articula de forma nítida com os outros membros da equipa”.
Stuart Pearce, treinador e ex-jogador de futebol profissional inglês, disse: “As melhores equipas de futebol sabem bem qual é seu objetivo e o que representam. Joguei e trabalhei com alguns dos melhores treinadores e todos eles tinham aquela capacidade genial de indicar com muita clareza um caminho através de uma liderança simples e fortalecedora. O que tornou essa clareza tão eficaz foi um sentido de propósito e de pertença. Mais um motivo para nos esforçarmos ainda mais e dar tudo o que tivermos. Não se trata apenas de jogar pelo nosso país, clube, companheiros de equipa e, claro, pelos adeptos, mas sim de os representar e a tudo o que defendem. Desenvolver uma cultura sólida não se limita aos 90 minutos de jogo no sábado, mas inclui como nos apresentamos no treino de segunda-feira, como tratamos os colegas de equipa e membros do clube, tentarmos sempre melhorar”.
Na próxima edição da AM, Perry irá analisar as caraterísticas de liderança que os gestores podem utilizar para melhorar o seu próprio desempenho e, consequentemente, o da respetiva equipa.
Consulte a ligação direta para o artigo na revista AM:
https://cdn.am-online.com/media/1/digital-issue-categories/oct-2022/index.html#page=26.